Nova Iorque

Uma maratona com energia de outro mundo.

No início deste ano, em Sevilha, depois de correr os 35 km de treino na maratona daquela cidade, Isabel Silva disse-nos que cada maratona tem uma história e é por isso que ao cruzar a meta emociona-se sempre. A 3 de novembro do mesmo ano, a história foi diferente, mas a emoção repetiu-se, desta vez na mítica maratona de Nova Iorque, cidade onde o apoio do público oferece “uma energia de outro mundo” aos mais de 45 mil maratonistas que lá correm. Este apoio foi um dos aspetos que mais marcaram a prova de Isabel Silva, que admite ter vivido “uma história muito bonita”. “A maratona passa pelos bairros de Nova Iorque. Começamos em Staten Island, depois passamos cerca de 20 km em Brooklyn – que é um bairro muito especial para mim – e depois por Manhattan, Bronx e Queens. O final é no Central Park e é absolutamente incrível ver todas as pessoas a apoiar”. Correr esta maratona é quase como um tour completo, porque o percurso passa pelos cinco bairros e, “em cada um sente-se uma energia diferente”. Juntando toda a imponência que a cidade tem, e que não toca só a corredores, a prova em Nova Iorque é “um sonho para qualquer maratonista”, diz-nos Isabel Silva. Com a sua oitava medalha conquistada, das quais quatro são referentes a maratonas majors (nesta designação falta-lhe apenas conquistar a de Tóquio e de Chicago), a maratonista ainda não sabe como será o próximo ano a nível de corridas. Para já, está em modo descanso. “Acho que a preparação de uma maratona é tão intensa, emocional e fisicamente, que é fundamental fazer uma pausa, pensar em tudo o que aconteceu e o que se está a sentir naquele momento”. Mas ainda que não haja certezas sobre as próximas maratonas (irá depender dos projetos profissionais, que ainda não estão totalmente definidos), há uma certeza: “Obviamente que em 2020 vou continuar nas corridas, seja em provas ou em treinos. Em breve partilho convosco o que irei traçar para o próximo ano a nível de maratonas”, garante.