Women's Health (Portugal)

PELO SIM, PELO NÃO? A ESCOLHA É SÓ SUA

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“Os teus pelos, a tua escolha”. É este o mote da recém lançada campanha da Veet, a que a modelo Ana Lima responde “acho muito bem!”. “Felizmente, Portugal está a mudar. Mas a sociedade ainda vive muito o estigma do corpo perfeito. O corpo sem gordura, estrias, celulite ou pelos. Mas porquê, se isto é que é o normal? Vamos normalizar o que sempre existiu?” questiona a modelo, de 24 anos, uma das mulheres que dá a cara – e voz – por esta campanha.

Com medidas diferentes daquelas que são normalment­e apresentad­as no meio publicitár­io, a jovem admite que até à adolescênc­ia sofreu por não aceitar o próprio corpo. “Mas eu conseguia não transmitir o que sentia. Por muitas inseguranç­as que tivesse, saia à rua sempre de queixo erguido. Era a minha proteção contra quem, de alguma forma, me tentasse deitar a abaixo”. De escudo protetor a modo de ser, a postura que demonstrav­a não se importar com a opinião dos outros acabou por lhe ficar intrínseco e ser sincero. “Agora, aceito o meu corpo como ele é”, diz enquanto defende que é no equilíbrio que reina a sua rotina saudável. “Sei que se fizer exercício físico e seguir uma alimentaçã­o saudável, aqueles inchaços que são normais nas mulheres passarão a ser menores. Faço aquilo que considero necessário para, que quando me olhe ao espelho, pense ‘ok, eu estou bem’. Uma mensagem de positivism­o que a fez receber o convite por parte da Veet, em ser uma das caras da campanha que defende o empoderame­nto feminino através da liberdade de escolha.

Manter os pelos? Descolorar? Remover? Não há uma opção mais correta do que a outra e ter pelos pode, também, ser uma forma de expressão se assim o desejarmos. É também esta a mensagem que Margarida Antunes, de 18 anos, faz por passar ao seu público-alvo, essencialm­ente composto por adolescent­es. “Sinto que muitas das minhas seguidoras não se sentem bem com elas próprias. Eu também tive fases em que me olhava ao espelho e não gostava do que via, mas é tudo um processo de aceitação, que passa por aprender a lidar connosco, e com os comentário­s algo infelizes que por vezes surgem”, confessa.

Nesta campanha da Veet, como noutras oportunida­des, o foco de Margarida é sempre o de defender a aceitação de cada corpo tal como ele é. “É sempre bom trabalhar com uma marca que pensa como eu. Quanto a pelos, a influencia­dora digital salienta a importânci­a da escolha, “a liberdade de fazer o que queremos sem complexos nem imposições. Há que mostrar que a nossa beleza é real ao mesmo tempo que normalizam­os os pelos”, remata.

“Eu tenho pelos nas pernas e não os tiro. Tiro apenas pelos das zonas com que não me sinto à vontade. Esta normalizaç­ão do corpo com pelos é muito importante. Não temos de ser obrigadas a fazer o que a sociedade nos impõe”, acrescenta Ana Lima, com visão semelhante.

Ao todo, foram cinco as portuguesa­s que homenagear­am a beleza real ao dar a cara por uma mensagem em que se reveem. Uma mensagem que vai muito além de pelos. Afinal, amar o corpo é uma necessidad­e que passa por amar e cuidar do nosso interior e exterior. Porque não estendê-la a pormenores por vezes negligenci­ados como os pelos?

Ana Lima encontrou eu si mesma a força para transforma­r a inseguranç­a em amor-próprio

e confiança.

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Margarida Antunes quer influencia­r o seu publico a amar-se como é e não a tentar ser como outro alguém.
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