Mobi Summit I3V6 sábado, 17 de outubro de 2020 www.dinheirovivo.pt A pandemia ampliou as desigualdades sociais camufladas nas cidades. Mas esta é a oportunidade para corrigir os desequilíbrios, construindo centros urbanos para as pessoas e projetados para os transportes sustentáveis. São duas grandes ideias que atravessaram os debates sobre o urbanismo depois da covid-19. no, o vice-presidente da Câmara de Cascais: “Temos informação georreferenciada de todos os testes e conseguimos perceber quais as zonas mais afetadas”, explica Miguel Pinto Luz, concluindo que as desigualdades sociais são o ponto central que será preciso combater através de políticas urbanísticas centradas não apenas nos serviços de saúde, mas igualmente nas estratégias de mobilidade e de habitação. Será que a covid-19 vai mudar a forma como o poder político local pensa as regras do urbanismo? “Nós já estamos num processo de revisão do nosso Plano Diretor Municipal, procurando, por exemplo, enfatizar o papel da agricultura e das hortas urbanas para aproximar os pontos de abastecimento à cidade”, explica o autarca, referindo que o município tem sentido “um crescente movimento pendular de pessoas a querer sair de Lisboa e vir para Cascais.” Habitação, serviços e transportes são, aliás, áreas determinantes nas cidades pós-pandémicas, defende Miguel Eiras Antunes, global leader para as smart cities da Deloitte: redacao@dinheirovivo.pt “Uma cidade inteligente aproveita as boas ideias vindas de onde vierem.” —MIGUEL GASPAR Vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa